Pra quem teve a felicidade de ler Pollyanna, é mole. A menina vai passando por tantas adversidades, e não perde nunca a alegria de viver. E a receita evidente, a qual a menina narra e recomenda: o jogo do contente.
Consiste em ver apenas o lado bom, de toda e qualquer situação. Tirar um proveito, nem que seja mínimo, do que vai lhe ocorrendo, das peripécias, e bondades, que aparecem. E hoje, além da santa caminhada de todos os dias, esse é meu exercício complementar.
Não estou com as unhas feitas, mas o horário marco em qualquer salão dos tantos que tem aqui na rua, amanhã. Quero tanto a saia que vejo já há dois dias, na vitrine da loja da esquina daquela avenida movimentada, mas não é urgente; de saias cintura-alta, tenho uma coleção. Tenho dois irmãos menores, e nenhuma paz; como recompensa, agitação de uma vida hilária e frenética. Sou uma mulher com tudo no aumentativo, ão ao quadrado; do outro lado, não posso reclamar da atenção que chamo nas ruas.
O domínio que tenho sob minha ações é pouco; mas as aventuras, e lombas, loopings que a vida dá com tanta adrenalina, são intensas. Não sei a roupa que vou na festa amanhã, mas não é por falta de opção; o armário está lotado, e até já pensei em fazer um bazar, saldão ou balaio, pra me livrar de vez de todo esse passado que se abriga em baixo da minha cama. Me falta calma, frieza e constância; mas pra tanto fogo e vivacidade, um remédio: muita saúde.
Em algumas ocasiões, a bagunça aqui de casa me tira do sério; porém a união da nossa família, nos momentos de cumplicidade, são horas únicas, inexplicáveis. Tá um frio chato e fresco aqui no Sul, mas não reclamo; no Brasil, figuramos como um dos locais mais seguros e bons para se viver (meus pêsames aos leitores do Rio!). Não tenho você aqui, e agora, como queria, e então quando te ver, a saudade será grande, a vontade, maior e tudo lindo, tudo nosso. Ou, meu.
Sorrio, sabendo das possibilidades mil, e de que do outro lado do muro, pode morar o incerto, o duvidoso: o mágico. Espie
segunda-feira, 12 de abril de 2010
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